O Mosteiro da Batalha, em Portugal, é impressionante. Tanto pela grandiosidade, tanto pela beleza. Além disso, o lugar me transmitiu uma enorme sensação de tranquilidade. Em outras palavras foi um excelente bate e volta de Lisboa, até porque a viagem a ele também combina com outras cidades legais que ficam bem pertinho. Assim, vou contar aqui as minhas dicas da visita ao Mosteiro.
A HISTÓRIA DO MOSTEIRO DA BATALHA, PORTUGAL
O Mosteiro surgiu como um agradecimento de Dom João à Virgem Maria em pleno campo de batalha. Mas vamos voltar mais um pouco ao passado entender essa história. No século 14, o Rei de Castela invadiu Portugal, por reivindicar o trono, uma vez que ele era casado com a filha do antigo rei. Como resultado, houve a batalha de Aljubarrota entre os dois reinos. Embora muito menor, o exército português teve uma vitória épica, com o uso inovador de táticas militares. A batalha teve dentre as consequências a independência definitiva do Reino de Castela, além de reforçar a aliança com a Inglaterra (que apoiou o exército de Portugal) e a consagração de Dom João e da Dinastia de Avis no poder. E por fim, durante o tal conflito, o Rei rezou para Virgem Maria e prometeu construir um mosteiro se fossem os vencedores.
Assim surgiu o Mosteiro da Batalha, em Portugal. Sua construção se iniciou em 1386 e levou cerca de 2 séculos para terminar. E devido à longa duração, passou por vários arquitetos e estilos.
O monumento, joia da arquitetura gótica tardia e manuelina, é Patrimônio Mundial pela UNESCO, além de uma das Sete Maravilhas de Portugal.
O ESPAÇO DO MOSTEIRO DA BATALHA
A sensação de grandeza ao olhar para cima na igreja e a beleza de cada ângulo do claustro para o jardim foram os detalhes que mais me marcaram no Mosteiro da Batalha.
Mas vou contar mais do espaço do Mosteiro.
Logo de cara, a entrada principal se dá por um imponente portal rico em detalhes, que incluem apóstolos e figuras do mundo celeste esculpidos.
Ele dá acesso à Igreja de Santa Maria da Vitória, que me chamou atenção pela grandiosidade, como disse, nos seus 32.5 metros de altura, além de belos vitrais. Aliás, vários espaços do monumento têm vitrais riquíssimos.
No fim de uma das naves se encontra a Capela do Fundador, o panteão familiar de Dom João I e da dinastia Avis, que também conta com uma bela abóbada.
Seguimos a visita até o Claustro Real, o coração do Mosteiro da Batalha, com imensos corredores, belas esculturas e com arcos com uma vista incrível do jardim em suas laterais. Maravilhoso em qualquer ângulo!
Na lateral dele se encontra a Casa do Capítulo, uma sala quadrangular, coberta com uma grandiosa abóbada sem apoio central, que hoje guarda os restos mortais de dois Soldados desconhecidos da Primeira Guerra, além do lampadário com a “Chama da Pátria”.
Para finalizar a visita, o espaço conta ainda com o Panteão Dom Duarte, ou Capelas Imperfeitas, conhecidas assim por não terem sido acabadas até hoje, mas que formam belos pilares a céu aberto.
INFORMAÇÕES DA VISITA AO MOSTEIRO
COMO CHEGAR AO MOSTEIRO DA BATALHA, PORTUGAL
Batalha é facilmente visitada a partir de Lisboa, cerca de 120 km e 1 hora e meia de carro da capital. Também pode ser visitada de ônibus ou de excursão. Já do Porto a visita fica um pouquinho mais distante, pois são cerca de 200 km. No entanto, a ida ao Mosteiro da Batalha pode ser uma opção de pit stop entre as duas cidades.
BATALHA E O QUE MAIS
Sem dúvida uma viagem ao Mosteiro da Batalha é uma ótima opção de bate e volta de Lisboa. Uma vez que se trata de um monumento, é bem tranquilo de conjugar a viagem com outra (s) cidade nos arredores.
Assim, vale ler aqui no blog sobre Fátima (27 km), Alcobaça (24 km) e Nazaré (33 km), bem próximas de Batalha. Ou Óbidos (57 km), que fica “no caminho” e ainda Tomar um pouco adiante (45 km).
Nossa escolha antes de visitar o Mosteiro da Batalha foi conhecer o Santuário de Fátima. Depois ainda passamos em Alcobaça, que é bem pequena, e onde nos abastecemos com os tradicionais doces conventuais da cidade.
2 Comments
Tudo muito lindo! Parabéns pela pesquisa, verdadeira aula de História!
Obrigada! O lugar tem muita história e beleza realmente!